Cansei, cansei de pugnar pela necessidade da sua existência durante meses no Fórum da Antena 2 da RDP que entretanto foi desligado, prometeu voltar a ligar-se a 1 de Outubro encontrando-se novamente inacessível após breve instantes “on-line”, mas o facto do Adufe, do Cidadão Livre, do Bloguitica e do Abrupto o terem feito regressar à actualidade levam-me a não me conter em “dar uma perninha”.
Fiquei sempre com a ideia que aquando o Ministro Morais Sarmento resolveu exigir a definição do que é serviço público ninguém, no meio de tanta berraria e tonteria, o conseguiu precisar, dando assim carta aberta ao ministro para fazer com ele o que bem entendesse.
É muito difícil atingir, não sendo por mero exercício utópico, uma precisão unânime do conceito mas, sem liberalismos nem anti-liberalismos gratuitos, todos sabemos sem necessidade de recorrer a profunda análise, que a preservação e divulgação da nossa identidade cultural, multicultural, entenda-se desde logo, nas suas mais diversas manifestações locais, regionais, nacionais, europeias, africanas, transatlânticas, que são o pomo do que um Serviço Público independente do lucro deverá ser obrigado a prestar, mais a mais sabendo que os valores em que estão a ser enformados os nossos filhos, dependem mais de os ver e ouvir nos audiovisuais do que em casa ou na escola.
É que o poder do audiovisual tem junto das crianças e dos jovens pode e deve ser aproveitado como forma de sedimentação dos valores que os Pais e a Escola tentam transmitir.
Se assim pensarmos, de preposição em preposição, talvez lenta mas de forma segura nos consigamos por de acordo.
Esta discussão, aliás, foi muito intensa no ex-forum da Antena 2 não sendo quiçá alheio o vergonhoso decréscimo da qualidade desta estação inquestionavelmente de serviço público e o encerramento do respectivo Fórum. Mas certamente regressarei a este assunto.