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21 dezembro 2003

Pois tenho,

andado ocupado em não me ocupar a aqui retransmitir o que por aí se vai fazendo e escrevendo!
É certo que não pude nem dar uma espreitadela na net durante os últimos dias, mas também é verdade que este tempo me serviu para ver que será demasiadamente presunçoso considerarmos que poderemos ter uma leitura diferente das merdas que parece que querem que todos falemos. Dei então comigo a dizer-me que não é de leituras nem brilhantes raciocínios que precisamos, antes aproveitarmos este "Advenro" para colocar as etiquetas no lugar que lhes é devido sem alargadas regurgitações!
Há o bem e o mal, em tudo, em nós, e um longo e mult-icolorido percurso entre eles, mas por bem sentimos sempre o que é bem e o que é mal. E Isso é que verdadeiramente importa.

Desinstalarmo-nos da comodidade e da mediocridade e pormo-nos à escuta da Palavra e das reais necessidades das pessoas. Reencontrarmo-nos a sério connosco mesmos e fazer verdade da nossa vida. Vencer o egoísmo partilhando sensata e generosamente o que temos e somos, desencadeando encontros e reencontros. Convidar e abrirmo-nos aos eventuais convites à efectiva solidariedade, respeitando as legítimas diferenças e promovendo as sintonias possíveis.

O Advento realiza-se em nós que vamos construíndo ou não o paraíso nos modos e processos de assumir e partilhar a qualidade da nossa vida, na base da verdade, da justiça, da lealdade, da solidariedade efectiva e tolerância activa. Entre o nascer e o morrer, inscreve-se a oportunidade de perder ou construir, de caminharmos mais pelo pelo bem que pelo mal, sendo o Amor por tudo o que vive e conosco nos faz viver o único trilho que devemos sentir para por ele seguir - a chave. A capacidade de amarmos e de nos deixarmos amar fará sempre a diferença.

A vocação de Amar é a de, em cada momento, construir uma história de comunicação e comunhão, fazendo desabrochar os dons da natureza e da graça, em serviços generosos, inteligentes e diligentes.

O resto, de resto, é ruído. Ensuedecedor, eu sei, mas mesmo por isso a desistência será uma prova da falta de Amor. Por Amor se constrói e com o Amor mostramos o caminho a quem dele possa ter bifurcado.

Por Amor, sempre, não enxergo outro trilho que seja tão seguro para o discernimento entre o bem que se quer e o mal que podemos fazer.