Gabriela Canavilhas a recentemente eleita Directora da AMEC dá-nos as primeiras impressões na última “Visão”, n.º 558, de 13 de Novembro, na pag. 144.
Não consigo, infelizmente fazer o respectivo link, limitando-me a citar e transcrever partes mais relevantes desta breve reportagem / entrevista assinada por Gabriela Lourenço, sob o título de “A senhora da orquestra”, na secção "sociedade" da referida revista.
Aqui vai.
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transcrição 1:
O estado actual da associação não aterroriza Gabriela Canavilhas, que assumiu a empreitada com o maestro Jean-Marc Burfin e o economista Luís Azevedo Coutinho. Mas sabe que, depois de anos de perda de qualidade e credibilidade, com um milhão de euros de défice e um orçamento anual muito abaixo das necessidades, a casa não estará em ordem amanhã nem na próxima semana.
transcrição 2:
Antes de mais, há que cuidar dos que ali trabalham, acredita Canavilhas. “A prioridade é regularizar as situações laborais dos funcionários e professores”, defende, explicando que a maioria das pessoas recebe o salário contra recibo verde. “Mesmo que implique um esforço financeiro maior, isso deverá ser reconhecido pelos nossos parceiros, entre eles o Ministério do Trabalho, como condição indispensável para garantir o projecto.”
Transcrição 3:
Resta, depois, para compor os alicerces da casa em desalinho, encontrar novos profissionais, já que a OML está, também, “depauperada em termos humanos”. A pianista explica porquê: “Os bons músicos foram-se retirando e procurando novos projectos; aqui tinham uma situação laboral caótica.” E já era desanimador trabalhar numa orquestra que, aos poucos, foi saindo dos circuitos nacionais e internacionais mais importantes.
Transcrição 4:
Para Canavilhas, só assim se poderá seguir em frente. “Esta instituição pode ser uma casa de abrigo para projectos originais e diversos que, em conjunto e em separado, potenciem ainda mais as suas capacidades.” Um estúdio de ópera, um centro de estudos de música antiga e outro de música contemporânea são alguns dos sonhos que gostaria de realizar.
Assim, sem comentários, vamos sabendo o que Gabriela Canavilhas pensa para o futuro da AMEC, constituída por 4 escolas e 2 orquestras, a Juvenil e a Metropolitana.