05 março 2004
De Vianna da Motta para Theodore Walter
Filho do Harlem, em 1958 retira-se da cena pública...
Os vizinhos de Manhattan apresentam queixa contra o barulho que fazia...
Era visto todas as noites debaixo da ponte de Williamsburg...
Durante 3 anos. Até 1962.
Em seu nome já tinha editado 22 LP's. Em 6 anos, apenas. Era considerado o maior depois de Parker. Estava no auge da sua popularidade...
E retirou-se, em 1958!
"I was dissatisfied with my playing"
"I did what I wanted to do"
"It was a way of controlling my own destiny"
disse.
Talvez lhe custasse compreender a popularidade de um seu par, de uma nova linguagem que surgia, do emergir de uma racionalização estética que feria a sua sensulidade musical...
Debaixo da ponte de Williamburg procurava-se a si próprio, muitas das vezes só, outras acompanhado de jovens músicos, Steve Lacy,L ee Konitz..!
Durante 3 anos!
Regressa em 1962 com um novo e renovado trabalho "The Bridge", o mesmo Sonny Rollins, o supremo da técnica, o mais racional que a sua sensibilidade permitia...
Não era John Coltrane.
Assumia-se de corpo e alma como Sonny Rollins, ao lado de Jim Hall, Bob Cranshaw e Ben Riley, através de 6 excepcionais temas "Without You", Where Are You", "John S", "The Bridge", "God Bless the Child" e "You Do Something to Me".
Não gosto muito de eleger selecções de preferidos, apenas digo que "The Bridge" é um dos muitos que me dá sempre prazer reouvir.
"I've never seen anyone in love with the tenor saxophone the way Sonny is. He's the best player of that instrument I've ever seen."
disse Steve Lacy.
Foi editado pela então RCA, com a capa que aqui em baixo podem ver e é agora, depois das fusões e refusões, reeditado pela BMG. Deitem-lhe a mão se ainda não o fizeram!