"Está tudo doido?" pergunta o Abrupto a propósito de se safar o nome de Vianna da Motta para inscrever o de Eusébio num avião da TAP.
Não sei, mas esta indignação não me parece que possa colher muitos adeptos!
Não, não se trata de promiscuidade entre política e futebol, não se trata!
Não, não se trata de não ser benfiquista, não se trata!
Não, não se trata de não ter uma grande admiração por Eusébio, não se trata!
Não, não se trata deste pós-modernismo e da sua negação de valores, não se trata!
Trata-se da falta de cultura daqueles que procuram e alcançam posições no poder, por neles não o sentirem!
A imbecilidade quer e preenche arrogantemente os cargos que nos governam. Serão eles culpados da sua bestialidade?
Duvidarão que se um referendo se fizasse para escolher entre Vianna da Motta e Eusébio o primeiro não ultrapassaria 5% dos votos?
Terá sido por acaso que o Governo negociou com Sequeira Costa o regresso do Concurso de Piano Vianna da Motta para Portugal já para este ano?
Insisto, o que me assusta nesta globalização não é sermos já parte integrante dela, antes não cuidarmos da nossa memória colectiva e da nossa identidade que impede que possamos ser actores por não sabermos quem somos nem o que andamos lá a fazer!
Vianna da Motta? Quem foi? Talvez o melhor complemento ao que o Abrupto denunciou seja o de Guilhermina Suggia, transcrito aqui por Virgílio Marques.